Deus, Juizo Final

Os Tempos Chegados, o Apocalipse e o Juizo Final

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Podemos dizer que já estamos vivendo a época, anunciada pelas profecias milenares, por João Evangelista, no Apocalipse, e, principalmente, por Jesus, na síntese simbólica que nos legou em seu Evangelho: “Os tempos chegados”.

Recorremos a um texto de Ramatis para elucidar a questão.

Como interpretarmos o conceito de “tempos chegados”?

Ramatis – Tratam-se de ciclos periódicos, reguladores de modificações planetárias que se sucederão em concomitância com alterações que também deverão ocorrer com os habitantes do vosso planeta. São “fins de tempos” que, além das seleções previstas para as humanidades físicas ou para os desencarnados adjacentes à Terra, requerem, também, a limpeza psíquica do ambiente, a fim de que seja neles eliminado o conteúdo mental denegrido das paixões descontroladas.

As características fundamentais que denunciam o início desses períodos denominados “fins de tempos” são as conseqüências nefastas dos desregramentos humanos e que ameaçam dominar toda a humanidade. O magnetismo inferior, gerado pelo atavismo da carne e pelos pensamentos dissolutos, recrudesce e se expande, formando ambiente perigoso para a existência humana disciplinada. São épocas em que se observa verdadeira fadiga espiritual; em que domina o desleixo para com os valores das zonas mais altas da Vida Cósmica. As energias primitivas, saturando o “habitat”, aumentam a invigilância, e o gosto se perverte; escapam aqueles que vivem, realmente, os postulados do Evangelho à luz do dia. Em conseqüência disso, as auras dos orbes também se saturam, até às suas fronteiras “astro-etéreas” com outros planetas, surgindo então as más influências astrológicas, que os astrônomos terrícolas tanto subestimam.

Considerando que os acontecimentos catastróficos do “fim dos tempos” não devem ocorrer de forma espontânea, qual será o agente ou a condição capaz de provocá-los na época profetizada?

Ramatis – A eclosão desses acontecimentos dar-se-á pela presença de um planeta que se move em direção à Terra e cuja aproximação já foi prevista remotamente. A sua órbita é oblíqua sobre o eixo imaginário do vosso orbe e o seu conteúdo magnético, poderosíssimo, atuará tão fortemente que obrigará, progressivamente, a elevação do eixo terráqueo. Se imaginardes uma haste oblíqua, no espaço, e atuardes na ponta superior da mesma, atraindo-a para vós e conservando a ponta inferior no mesmo local, obrigá-la-eis a tomar a posição vertical.

É o que acontecerá com o planeta que habitais. Trata-se de um planeta impregnado de magnetismo primário, muitíssimo vigoroso, cuja aura radiativa, devido à estrutura mineral do seu núcleo, ultrapassa de 3.200 vezes o potencial da aura astro-etérea do vosso globo! Ele trafega numa órbita que exige 6.666 anos para completar o seu circuito e, mediante o seu próprio magnetismo e as coordenadas de forças que se cruzam no vosso sistema solar, tange a órbita terrestre, formando um ângulo de poderosa atração magnética, capaz de elevar, gradativamente, o eixo da Terra.

A influência magnética desse astro far-se-á sentir até que se complete a verticalização da posição da Terra. Quando o eixo terráqueo estiver totalmente verticalizado, o planeta intruso já se terá distanciado do vosso orbe

Qual o principal objetivo do “juízo final”, no evento profético dos “tempos-chegados”?

Ramatis – É o de selecionar os espíritos em duas ordens distintas, a fim de ser ativada a ascensão espiritual das duas ordens selecionadas.

Quais serão essas duas ordens distintas?

Ramatis – Compreenderão os dois grupos distintos que Jesus profetizou para a hora final, quando afirmou que viria julgar os vivos e os mortos, separando os lobos das ovelhas, o trigo do joio, ocasião em que os bons sentar-se-iam à sua direita e os maus à sua esquerda. Um desses grupos – o que tomará lugar à direita do Cristo – será constituído das criaturas cuja vida houver representado um esforço à procura da bondade, do amor, da honestidade, da renúncia em favor do próximo, no cumprimento dos preceitos renovadores do Evangelho; o outro grupo – que tomará lugar à esquerda do Cristo – será representado pelos maus, compondo a triste caravana dos que emigrarão para um orbe inferior, em relação com seu padrão anticrístico.

Achamos, demasiadamente otimista, o que tendes dito até agora sobre o advento do terceiro milênio, dado o prazo exíguo para que se cristianize completamente a nossa humanidade. Não é exato?

Ramatis – Não somos nós que atribuímos ao terceiro milênio as prerrogativas de trazer a cristianização da humanidade terrícola; é a milenar voz da profecia que assim o diz.

O terceiro milênio está implicitamente configurado nos seguintes versículos do capítulo XXI – 2 do livro do Apocalipse de João Evangelista: “E eu, João, vi a cidade santa, adornada como uma esposa ataviada para o seu esposo”. E no capítulo XXI – 27: “E não entrará nela coisa alguma contaminada, nem quem cometa abominação ou mentira, mas somente aqueles que estão escritos no livro da vida e do Cordeiro”. E no capítulo XXII – 5: “E não haverá ali mais noite, nem eles terão necessidade de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará, e reinarão por séculos e séculos”.

O apóstolo evidencia a natureza do mundo do próximo milênio: a Jerusalém nova, como símbolo da civilização constituída pelas almas selecionadas, ou seja, a nova humanidade, distante da abominação, da mentira ou de qualquer coisa, contaminada, e composta daqueles que, definitivamente evangelizados, estão escritos no livro do Cordeiro, o símbolo da renúncia, do amor e do sacrifício exemplificados por Jesus.

Essa seleção apressada para um outro planeta, e as modificações violentas na verticalização do eixo da Terra, serão suficientes, porventura, para que o terceiro milênio se nos apresente completamente harmonioso? Há de suceder, em meio século, aquilo que não foi possível conseguir-se em vários milênios, como seja a verticalização do espírito?

Ramatis – É claro que não deveis aceitar um acontecimento miraculoso, em que o homem se angelize subitamente, apenas sob o toque da magia sideral do esperado terceiro milênio. O juízo final expurgará para ambientes adequados os espíritos que não se ajustam à urgência da Terra em se ajustar às novas funções astrofísicas, que lhe foram previstas pelos Mentores Siderais, durante a sua formação astronômica.

Assim que se sucederem todos os acontecimentos previstos para o juízo final, o terceiro milênio há de surgir como um deslumbrante ensejo de espiritualidade e sanidade moral?

Ramatis – Não deveis sujeitar os acontecimentos siderais ao controle do vosso calendário humano, que se baseia nos movimentos corriqueiros da Terra em torno do sol. Antes que o terrícola houvesse criado o calendário humano, os eventos do juízo final já estavam determinados com absoluta precisão, nos planos da engenharia sideral. Não é a ampulheta terrestre que há de determinar, especificamente, a época exata dos fatos proféticos, mas são os sinais dos tempos, previstos pelas profecias do passado que assinalam o momento chegado. Não há afobação, na mecânica sideral, para que esses acontecimentos se realizem exatamente em vésperas do terceiro milênio ou sejam registrados à última hora, para não ultrapassarem as tradições humanas. O terceiro milênio é o ensejo repleto de melhores esperanças para a vossa humanidade, porque é exatamente o período que se sucede aos mais importantes acontecimentos do vosso mundo. A Terra não se verticalizará apressadamente para o advento de um terceiro milênio dourado; isso é apenas modesto detalhe, quase imperceptível, relacionado com o Grande Plano. Não se trata de proceder à edificação de súbito viveiro de anjos vencedores de um concurso celestial denominado “Fim do Mundo”, mas sim de oferecer melhor oportunidade para a felicidade humana. Os colocados à direita do Cristo, que se reencarnarão sucessivamente na Terra, nem por isso ficarão isentos de contínuo labor para a sua definitiva alforria espiritual.

Fonte: extraído do Livro “Mensagens do Astral”, pelo espírito Ramatis, psicografia de Hercílio Maes, Editora Freitas Bastos.

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