Jesus, Reflexões Cristãs

QUANTO DE JESUS JÁ EXISTE EM VOCÊ?

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Doçura, coragem, paciência, respeito, indignação, persistência, fé, compreensão, exemplo, perdão, compaixão, caridade.

Essas são apenas algumas palavras que descrevem atitudes que marcaram a passagem do Cristo entre nós. O Mestre é nosso Guia. Ele é o “Caminho, a Verdade e a Vida”. Ninguém chega ao Pai se não seguir seu exemplo.

Entender isso é a chave da transformação de que necessitamos todos, encarnados e desencarnados, para cumprirmos nosso plano de evolução.

Jesus é a meta. Muitos o admiram, o idolatram. Devotam-se ao Nazareno com fervor genuíno. Mas são poucos ainda aqueles que já se conscientizaram de que o Senhor não espera mera devoção. O Divino Mestre espera que sejamos capazes de agir como Ele nos ensinou.

Disse-nos o querido Cordeiro de Deus: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Muitos de nós percebem a si mesmos como cumpridores desses mandamentos, e contentados se sentem com sua conduta. São devotos adoradores de Deus e amam ao próximo como amam a si. No entanto, como amam a si próprios na prática? A verdade é que muitos não se admiram, não possuem a devida autoestima. Alguns não se respeitam, não se cuidam, não se valorizam.

Portanto, amar ao próximo como a si mesmo, para muitos, é dedicar ao outro o mesmo que dedicam a si. E nem sempre as pessoas se amam como deveriam.

Talvez, tenha sido por isso que em seu último encontro com os seus discípulos o Mestre lhes deixou seu último mandamento: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”.

Aqui, neste mandamento, Jesus não deixa dúvidas sobre o que espera de cada um de nós.

Assim, não há como cumprirmos este mandamento se não examinarmos com atenção redobrada os exemplos deixados pelo Mestre.

Na palavra Amor, estão contidos inúmeros desses exemplos que o Cristo nos deu. Estudar sua vida, conhecer suas vivências com os apóstolos, entender suas parábolas, faz toda a diferença em nosso entendimento deste último mandamento deixado por Jesus.

Um desafio imenso para seres ainda tão precários como nós humanos, dos dois lados da vida. Por mais que suas passagens sejam tão marcantes, é muito difícil colocar em prática atitudes tão excelsas como as que foram vivenciadas e exemplificadas pelo Cristo-Jesus.

A Doutrina Espírita, por sua vez, fortalece em nós a ideia de que Jesus é a meta, muito difícil de ser alcançada, devido à grandeza e o valor das atitudes do Mestre e, também, por conta da precariedade de nós que habitamos o Planeta Terra, um orbe ainda em transição de planeta de provas e expiações, para um mundo de regeneração. Mas a Doutrina vai além porque nos apresenta o trajeto, que é longo, porém alcançável. Não apenas em uma única existência. Mas ao longo de múltiplas e sucessivas vidas, ou seja, através da reencarnação.

Quando o ser humano percebe que a lógica da vida é lutarmos todos os dias para agirmos como Jesus agiu, amarmos como Jesus amou, lutarmos como Jesus lutou, a vida começa a ganhar significado pleno.

E quando entendemos que a reencarnação é o único meio de dar sentido à continuidade de nossos esforços de aperfeiçoamento moral para cumprirmos nossa missão de chegarmos até o Pai Celestial seguindo os passos do Divino Mestre, descobrimos então a importância de valorizarmos cada existência como a grande oportunidade de acelerarmos esse encontro com o Querido Nazareno, que sacrificou-se na Terra para nos mostrar o verdadeiro sentido da vida.

Sabendo, portanto, que Jesus é a meta e que a reencarnação é o processo que pode encurtar ou alongar nosso caminho em direção a ela, temos aqui a noção importantíssima de valorizar o nosso presente. Pois tudo parte do aqui e agora.

Tudo que fizermos hoje se somará em nosso longo trajeto e nos aproximará ou nos distanciará de nossa meta, o Cristo.

E aqui cabe um alerta: todos vivemos com o sentimento natural de buscarmos a felicidade. Mas como nos ensinou o Mestre: “a felicidade não é deste mundo”. A felicidade plena só vem do sentimento de estarmos vivenciando sinceramente o Cristo em nós, como disse o apóstolo Paulo, em Gálatas 2:20: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”.

Uma dica valiosa de como encontrar essa felicidade plena está nas palavras do filósofo Clóvis de Barros Filho, que nos apresenta numa abordagem simples o grande ensinamento de Jesus sobre a seguinte questão: o que a vida tem que ter para valer a pena?” E ele nos mostra que, na síntese do pensamento do Cristo, o “filet mignon da vida, a vida que de fato vale a pena, é a vida assumidamente dedicada ao outro. Aquilo que fará de você um vivente feliz é permitir que o outro viva melhor do que viveria se você não estivesse por perto”.

Portanto, não obstante as coisas que você diz e as coisas que você pensa, se nas coisas que você faz, em suas ações cotidianas você vive o Cristo, mais próximo estará do Reino dos Céus e o Reino dos Céus estará em você.

O desafio é imenso, pois vivemos em uma sociedade complexa, com muitas desigualdades, com muitas imperfeições, com visões diferentes da vida, com perspectivas e valores distintos, num momento de transição planetária onde as diferenças se acirram e os conflitos parecem aumentar a cada dia.

E, para que o Reino de Deus prepondere em sua vida, chegado é o momento de ampla reflexão de todos sobre o que queremos para nossas vidas e o que estamos dispostos a oferecer para a vida dos outros.

A cada um o livre arbítrio e a liberdade de viver e expressar-se segundo suas crenças e seus valores. Que suas visões de mundo diferentes sejam respeitadas, sempre, porque pessoas diferentes, com trajetórias de vida diferentes, com experiências diferentes, jamais pensarão e verão os fatos da mesma forma. E isso precisa ser respeitado, pois a verdade nunca está totalmente em um único modo de pensar.

Que a cada um que deseje fazer o trajeto mais breve em direção ao Cristo-Jesus, seguindo o “Caminho, a Verdade e a Vida”, não lhe falte nunca a humildade de reconhecer que suas interpretações da realidade podem estar, em alguns casos, equivocadas, que o aprendizado precisa ser permanente, e que cada um será julgado pela providência divina por seus atos e pelo quanto de amor genuíno conseguiu empregar em sua luta cotidiana para melhorar a sua vida e de seu próximo. E, mesmo incorrendo em escolhas erradas, que sua intenção tenha sido boa, de fazer o melhor e querer o melhor para todos.

Porque só erra quem busca o progresso. Só progride quem se arrisca. Só se arrisca quem tem coragem. Só tem coragem quem supera o medo. Só supera o medo quem tem esperança. E só tem esperança quem crê em Deus e confia em Jesus.

Que a paz do Senhor esteja convosco! Que tuas palavras sejam mais, a cada dia, sementes de amor e esperança na vida do teu próximo!

Equipe Um Caminho

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