Resiliência e coragem sempre!
Muitos baseiam sua crença na existência de Deus em experiências pessoais profundas e transformadoras que atribuem a um “contato direto” ou a uma revelação do divino, consolidando uma convicção que vai além da prova puramente empírica. Essas experiências podem variar desde sentimentos de paz e propósito renovados, respostas a orações, intervenções percebidas em momentos de crise, até visões ou insights espirituais que alteram fundamentalmente a percepção da realidade.
Para o indivíduo, tais encontros subjetivos, embora não universalmente verificáveis, servem como pilares de sua fé, oferecendo uma validação pessoal e uma conexão íntima com o transcendente.
Além disso, a existência de um senso moral universal inato e a busca inerente por significado e propósito na vida são frequentemente vistos como indicativos de uma fonte divina que transcende o puramente material. A capacidade humana de discernir entre o certo e o errado, a presença da consciência e a existência de princípios éticos que, de alguma forma, ressoam através de diversas culturas e épocas, são argumentos que apontam para uma lei moral objetiva, que não pode ser explicada apenas por evolução ou convenção social. Essa profunda necessidade humana de encontrar um sentido maior para a existência e de transcender a finitude material é frequentemente preenchida pela fé, sugerindo que essa busca é uma resposta a uma realidade espiritual.
O sentimento inato da existência de Deus, sob a ótica da Doutrina Espírita, é uma das verdades mais profundas e consoladoras que habitam o íntimo de cada ser humano. Não se trata de uma crença imposta ou de um dogma, mas de uma percepção intrínseca e fundamental que nos conecta à nossa origem e ao propósito da vida.
Vamos sintetizar os postos-chave que explicam por que muitos de nós carregam esse sentimento:
1. A Lei Divina Gravada na Consciência
Conforme Allan Kardec elucida em O Livro dos Espíritos, a Lei de Deus está escrita em nossa consciência. A existência de Deus, como a “Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas”, é a primeira e mais fundamental dessas leis. Não é algo que precisamos aprender do zero, mas sim uma verdade que reconhecemos à medida que nossa inteligência e moralidade se desenvolvem. É uma semente plantada em nosso espírito desde sua criação.
2. A Centelha Divina e a Filiação a Deus
Somos todos espíritos criados por Deus, e como Seus filhos, carregamos em nossa essência uma “centelha divina”. Essa conexão intrínseca com a Fonte Criadora nos permite, de forma intuitiva, sentir a presença e a existência do Pai. É um eco da nossa própria origem, uma ressonância com o Ser que nos deu a vida e nos sustenta.
3. Intuição Espiritual e Herança Evolutiva
Esse sentimento é uma forma de intuição espiritual, uma percepção que transcende os sentidos físicos e a razão pura. Como espíritos em evolução, trazemos conosco as experiências e aprendizados de inúmeras existências. A ideia de um Criador, de uma Inteligência Superior que orquestra o universo, é uma dessas verdades universais que se torna cada vez mais clara à medida que o espírito progride e se depura.
4. Universalidade da Crença
A presença da crença em um Ser Superior em praticamente todas as culturas e civilizações ao longo da história, independentemente de sua localização geográfica ou desenvolvimento, sugere que essa busca não é meramente um produto cultural. É uma resposta a uma necessidade ou percepção intrínseca do espírito humano, que aponta para uma verdade universal.
5. Busca por Sentido, Consolo e Esperança
Em um mundo complexo e muitas vezes desafiador, a busca por significado, por um ponto de referência e por consolo é natural. O sentimento da existência de Deus oferece um porto seguro, uma explicação para a ordem do universo, para a moralidade e para a própria vida. Ele nos dá a esperança de que há um propósito maior, que a vida não se encerra com a morte do corpo físico e que existe uma justiça que transcende as imperfeições humanas. Essa necessidade de um amparo superior é inata ao espírito em sua jornada evolutiva.
Em suma, o sentimento inato da existência de Deus é a manifestação da nossa natureza espiritual, um testemunho da nossa ligação indissolúvel com o Criador. É a voz da nossa própria essência, que reconhece a Fonte de onde viemos e para onde caminhamos, oferecendo-nos um farol de esperança e um convite constante à evolução moral e intelectual.
Fonte: pesquisa da Equipe Um Caminho
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