Resiliência e coragem sempre!
Queridos leitores, mais uma vez chegamos ao final de um ano e ao começo de um novo ciclo.
Vivemos um momento complexo da humanidade. Guerras, discórdias, intolerância e outras mazelas que nos levaram como sociedade moderna a uma polarização em várias áreas da vida, em diversos cantos do mundo.
Aproveitamos esse momento especial de uma virada de ano para sugerir aos nossos queridos leitores uma reflexão profunda para que, quem sabe, cada um de nós possa iniciar no seu círculo de relacionamento, no mais íntimo e diminuto círculo, um movimento pacificador que ajude a distensionar as relações e seja um ato de colaboração com o Cristo em sua obra de Amor e Fraternidade.
Pergunta que não quer calar: o que estamos fazendo em nome do nosso Mestre e Irmão maior, Jesus, quando tomamos partido, escolhemos um lado, e vemos aquele que pensa diferente como um inimigo que não merece a misericórdia divina?
Por que muitos de nós insiste em ignorar os conselhos amorosos do Mestre de “Amar os inimigos” e “perdoar não 7 vezes mas setenta vezes 7 vezes” aquele que nos ofendeu?
Como podemos colaborar para o resgate das boas relações se perdemos a capacidade da dialética porque preferimos ter razão? Estamos tão seguros dos nossos pontos de vista e acreditamos tanto nas narrativas que fortalecem o nosso modo de pensar que qualquer coisa que se diga diferente se torna absurda e repugnante.
Queridos irmãos, o mal do século, sem sombra de dúvidas, está associado à cristalização de nossas ideias. Perdemos, como sociedade, a capacidade de nos colocar no lugar do outro. E a cada dia mais, infelizmente, estamos sendo mais e mais manipulados pelos algoritmos das redes sociais, que trabalham para reforçar nossas crenças limitantes. Estamos, também, perdendo completamente a capacidade de ver virtudes em quem pensa diferente. Como consequência disso, a sociedade cada vez mais se fecha em bolhas que desunem, que afastam pessoas amigas e familiares, bolhas essas que trabalham sorrateiramente para dividir a sociedade cada vez mais e criar a necessidade de vivermos fortalecendo nossas convicções e cristalizar nossas ideias.
Mas para quê fortalecer nossas convicções? Para pararmos de aprender uns com os outros? Pararmos de somar experiências distintas e empobrecer assim os frutos que podemos gerar?
Uma cuidadosa análise da mensagem do Cristo, dos conselhos que o Nazareno nos deixou, nos permite concluir que, ao colaborar para a divisão da sociedade, estamos agindo em desacordo com o que o Cordeiro de Deus nos ensinou.
E o nosso país, que tem a missão imperiosa de ser a Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo, precisa dar o exemplo. Os cidadãos brasileiros que aqui vivem fazem parte de um plano traçado pela Espiritualidade Superior, que visa levar a palavra do Cristo aos quatro cantos do Planeta. E não há de ser como uma sociedade dividida, emburrecida pelas paixões enviesadas, que lograremos o êxito esperado por nosso Querido Mestre.
Urge irmãos, que cada um de nós seja capaz de perdoar a si mesmo em primeiro lugar. Para em seguida perdoar ao seu irmão que lhe tenha ofendido ou lhe cause repugnância e ojeriza por suas ideias e ideais de vida diferentes.
Observe com atenção cuidadosa e verá que muito do que lhe parece “visões de mundo diferentes” na verdade não são visões de mundo diferentes. Muitos querem, no fundo, a mesma coisa. A diferença na maior parte das vezes está relacionada à forma como acreditam no “como” e “por quem” as coisas certas devem ser feitas.
Está passando da hora de nos reconciliarmos com aqueles que já admiramos e amamos algum dia e que hoje estão afastados do nosso convívio, em razão de acreditarmos que nossos valores são mais nobres do que o do outro. E de nossa intolerância obtusa que não nos permite compartilhar a vida com aqueles que pensam diferente ou que enxergam movimentos da vida diferentes daqueles que enxergamos.
Não queira, irmão, ter o monopólio da verdade, pois o erro está em toda parte. Aqui neste orbe só há seres relativos e precários. Ninguém que vive aqui está imune ao erro, a cometer injustiças e a prejudicar o outro, mesmo sem intenção.
Por maior que seja a sua convicção, tenha a humildade de aceitar: você não está do lado de toda a verdade. Parte dela pode estar com você, sim. Mas uma parte não está. E é assim a vida. E que bom que é assim, pois desta forma temos o que aprender com o outro, para somar ideias e criar pensamentos mais completos e mais construtivos.
Nosso país e nosso povo precisa começar logo, com mais decisão e clareza, a realizar aquilo que o Mestre nos designou. É chegada a hora, portanto, de baixarmos as armas e a guarda, e como sociedade darmos o exemplo que, infelizmente, aqueles que nos lideram no campo das relações de poder têm se mostrado incompetentes para conduzir. Afinal, o jogo de luzes que mexe com o ego e enebria aqueles que conduzem a sociedade faz apenas com que estes aprofundem a divisão em que nos encontramos hoje e nos afastem, assim, cada vez mais do propósito de implantação do Ministério do Amor que o Cristo nos delegou.
Queridos irmãos, que nesta virada de ano e em 2026, cada um de vocês possa ser um instrumento do nosso Mestre Jesus a iluminar corações, através do exemplo e do emprego da humildade.
Não tente impor ao outro o seu jeito de pensar.
Lembre-se sempre que a “sua verdade” nem sempre é a verdade. Afinal, existe a “sua verdade”, “a verdade do outro” e a “verdadeira verdade”. O benefício da dúvida deve existir sempre.
Defenda suas ideias, mas não se incomode tanto com as ideias diferentes.
Veja em cada ser humano um irmão. Foi isso que o Mestre nos ensinou.
Para aqueles que você já rotulou como inimigo, se quer seguir o caminho do bem, não ignore este Mandamento do Cristo: “Amai os vossos inimigos”.
Tenha consciência clara de que se você quer continuar seguindo os princípios da Doutrina Espírita e os Ensinamentos Cristãos, não há de ser fomentando a divisão que você estará fazendo isso. Portanto, evite ser parte do problema. Escolha fazer parte da solução.
Que em 2026 cada um de nós consiga dar um importante e decisivo passo na direção da construção de um mundo melhor. E que esse primeiro passo seja dentro de nossas mentes e na relação com aqueles que estão próximos a nós. Principalmente, os nossos atuais desafetos. Eles são a prova definitiva que precisamos superar, para testar o quão preparados estamos para sermos, de fato, os trabalhadores na obra do Reino de Deus, que o Cristo a todos nos convidou a construir.
Que Deus nos abençoe nessa jornada e Jesus nos inspire e nos fortaleça sempre!
Feliz 2026!
Equipe Um Caminho
Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.
Temas das Publicações
Palestras Espíritas
COMENTÁRIOS
- Nunes em Resistir é preciso, mais do que nunca
- Sérgio Luiz de Oliveira em Quem Somos
- Divaldo em Israel e Palestina 2023 – Na Visão Espírita
- Andrea mara em A virtude é concessão de Deus, ou é aquisição da criatura?
- Nunes em A paciência é um medicamento poderoso que tem o poder de nos curar
- Neilson de Paula em Sintonia e afinidade
- Lucia Freire em O Paciente e o Passe
- Rosalie Negrini J. em Codificador do Espiritismo – Quem foi Allan Kardec?
- Luiz lima em Evidências bíblicas sobre a reencarnação
- Editor em Desdobramento, atividade do espírito durante o sono
- maria em Desdobramento, atividade do espírito durante o sono
- Otoniel Carlos de Melo em Novo livro de Divaldo Franco traz revelações sobre a pandemia
- Evangelização Florescer em Quem Somos
- Editor em O que fazer para deixar de pensar em alguém que já faleceu?
- Nilciane em O que fazer para deixar de pensar em alguém que já faleceu?
Leave a reply