A mediunidade é uma estranha ponte destinada a ligar duas coisas que são uma só; na verdade, são duas apenas na aparência. Na ilusão dos sentidos.
Não há contraposição entre vida material e vida espiritual. Você está sendo espiritual aqui mesmo.
Assim, essa tem sido uma falsa questão. Você foi ensinado a pensar que só será espiritual depois de morto. As religiões e doutrinas lhe dizem que é necessário preparar-se para a futura vida espiritual. Mas ela já está aqui, o tempo todo.
A rigor, não há matéria ou espiritualidade. A diferença é apenas aparente. A vida material e a vida espiritual interagem de tal modo que não há um momento em que termina uma e começa a outra. Elas são uma só.
Você já está na vida espiritual, apenas ainda não percebeu.
Um terço de sua existência você passa fora do corpo, no etéreo, enquanto dorme. Nem mesmo durante o tempo de sua encarnação você deixa de estar, diariamente, fora da matéria. A continuidade entre uma situação e outra é permanente. Mesmo seus corpos etéreos não são outra coisa senão matéria.
Assim, se houver necessidade, os recursos mediúnicos existem para qualquer situação. Não há impedimento em usar as possibilidades disponíveis, porque os problemas da matéria são tão importantes quanto quaisquer outros.
Onde se iniciam os traumas – que tantas vezes passam de uma para outra encarnação – senão aqui mesmo? Uma situação vivida na matéria pode ter repercussões por séculos, ao longo de muitas vidas. Então, não há por que desvalorizar os problemas da vida material como se eles fossem menos importantes, e não há razão para dividir.
A vida é uma só, mudando de aparência conforme você a observa. Ora aparenta ser matéria, ora aparenta ser espiritualidade. Mas ela é a mesma, apenas assume aspectos diferentes. Assim, não há erro em utilizar os recursos de uma para auxiliar a outra.
O problema surge quando o recurso à mediunidade – para resolver assuntos do dia-a-dia – se torna uma viciação mental. Você pode se tornar dependente. Então, o recurso à mediunidade não é o problema. O abuso é o problema.
É justo que você procure o auxílio de grupos mediúnicos quando realmente necessário, mas compreenda que os médiuns têm as mesmas dificuldades que você, às vezes até maiores. Não os esprema até tirar deles a última gota.
E, principalmente, não transfira sua responsabilidade de decidir para os médiuns ou os mentores espirituais. Não é o papel deles decidirem por você. Não faça da mediunidade um posto de serviços nem entenda um grupo mediúnico como pátio dos milagres. Evite a viciação em consultorias e tratamentos. Viva, tome seus rumos, decida por você mesmo.
Cresça.
Dos médiuns e mentores espirituais, você pode, ocasionalmente, receber alguma ajuda ou orientação, mas não é obrigação deles substituí-lo no ato de viver.
Fonte: extraído do livro “100 Perguntas e Respostas sobre a Mediunidade e o Espiritualismo”, de Márcio de Carvalho. Editora Nova Era.
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