Doutrina Espírita, Dúvidas dos leitores

O que são Médiuns Especiais?

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Pergunta:

No item 185, Cap. XVI do Livro dos Médiuns consta:

“Além das categorias de médiuns que acabamos de enumerar a mediunidade apresenta uma variedade………..dotados de aptidões particulares, ainda não definidas, abstração……”

O que quer dizer aptidões particulares ainda não definidas?

Resposta:

Os médiuns especiais são instrumentos que possuem certas características específicas em seu processo de captação e tradução da mensagem mediúnica, que os tornam especialmente melhor habilitados para garantir um resultado mais próximo possível daquilo que o Espírito comunicante deseja transmitir. Vão além da afinidade fisiológica. Possuem uma sensibilidade mais apurada para determinados tipos de comunicação, mesmo sendo, em muitos casos, desconhecedores desta particularidade de sua potência mediúnica. O Espírito comunicante, de maior gabarito moral, reúne esta habilidade perceptiva que o permite selecionar com melhor adequação os instrumentos de suas mensagens consoladoras e seus aconselhamentos amorosos, tendo em vista o tipo de linguagem que decide utilizar para sensibilizar os receptores de suas instruções.

 

Trechos selecionados do Livro dos Médiuns:

“Para ter boas comunicações, a primeira condição, sem contradita, é assegurar-se da fonte de onde elas emanam, quer dizer, das qualidades do Espírito que as transmite; mas não é menos necessário levar em conta as qualidades do instrumento que se dá ao Espírito; é necessário, pois, estudar a natureza do médium, como se estuda a natureza do Espírito, porque aí estão os dois elementos essências para se obter um resultado satisfatório.

Para que uma comunicação seja boa, é necessário que ela emane de um Espírito bom; para que esse bom Espírito POSSA transmiti-la, lhe é  necessário um bom  instrumento;  para que QUEIRA transmiti-la, é necessário que o objetivo lhe convenha.

Segundo o que acabamos de dizer, compreende-se que deve haver Espíritos mais especialmente ocupados, por gosto ou por razão, com o alívio da Humanidade sofredora; que, semelhantemente, deve haver médiuns mais aptos do que outros para servir-lhes de intermediários. Ora, como esses Espíritos agem exclusivamente tendo em vista o bem, eles devem procurar em seus intérpretes, além da aptidão que se poderia chamar fisiológica, certas qualidades morais, entre as quais figuram, em primeira linha, o devotamento e o desinteresse.

Além da aptidão do Espírito, há a do médium que é para ele um instrumento mais ou menos cômodo, mais ou menos flexível, e no qual ele descobre qualidades particulares.

Tomemos uma comparação: Um músico, muito hábil, tem sob a mão vários violinos que, para o vulgo, serão todos bons instrumentos, mas entre os quais o artista consumado faz uma grande diferença; aí percebe nuanças de uma extrema delicadeza que lhe farão escolher uns e rejeitar os outros.

Com respeito aos médiuns, com qualidades iguais na potência mediúnica, o Espírito dará preferência a um ou a outro, segundo o gênero de comunicação que quer fazer. Por exemplo, vêem-se pessoas escreverem, como médium, admiráveis poesias embora, nas condições normais, jamais puderam ou souberam fazer dois versos; outras, ao contrário, que são poetas, e que, como médiuns, não puderam jamais escrever senão prosa, apesar de seu desejo”.

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