“Irmãos, quanto ao modo de julgardes, não sejais como crianças; quanto à malícia, sim, sede crianças, mas quanto ao modo de julgar, sede adultos”.
(I Coríntios, 14:20.)
Quem julga as pessoas e o mundo como responsáveis pela sua infelicidade é infantil e inexperiente.
Quem assume seus erros e se responsabiliza por tudo o que está vivendo interior e exteriormente, traz consigo a maturidade da criatura sábia e sensata, que aprendeu a enxergar a vida com os olhos do discernimento.
A espiritualidade não nos aprecia ou julga com o “cetro da perfeição”; ao contrário, leva em contas as limitações de nossa condição evolutiva. Ela procura sempre estabelecer o equilíbrio da justiça, pedindo a quem muito sabe e pouco exigindo daquele que quase nada conhece.
São denominados “cuidadores” ou “salvacionistas” os indivíduos que dispensam exagerada atenção e excessivo cuidado à vida das pessoas. Inconscientemente, se sentem responsáveis por problemas, escolhas, atos, sentimentos, bem-estar e destino de outrem. Esse comportamento, desprovido de maturidade psicológica, manifesta desrespeito à individualidade e invasão dos limites alheios.
Essa “mentalidade salvacionista” pode ter origem na atitude de superproteção cultivada pelos pais na educação dos filhos. Os adultos alegam que as crianças são ainda incapazes e indefesas e, assim, impedem-lhes o exercício diário do desenvolvimento de seu potencial – conjunto de qualidades de todo o ser humano ou sua capacidade de realização. Por exemplo, amamentam-nas ou dão-lhes de comer numa fase onde elas, por si sós, são capazes de fazerem sozinhas; com isso retardam seu amadurecimento, conservando-as dependentes e inseguras emocionalmente.
Por analogia, podemos comparar o ato da alimentação “física” com o ato da alimentação “emocional/espiritual”. Quem tenta, obsessivamente, cuidar dos outros e controlá-los, sob a alegação de “amor ou caridade”, na realidade está apenas dificultando e retardando o despertar das habilidades inatas deles.
“Irmãos, quanto ao modo de julgardes, não sejais como crianças; quanto à malícia, sim, sede crianças, mas, quanto ao modo de julgar, sede adultos”.
O procedimento mais benéfico que podemos adotar para facilitar nosso amadurecimento espiritual, é exercitar o auto-julgamento e assumir total responsabilidade por tudo aquilo que sentimos, pensamos e fazemos, deixando que os outros aprendam também a se auto-julgar e auto-responsabilizar-se através das próprias experiências.
Ninguém deposita em braços frágeis objetos pesados. Analogamente, a Divina Providência não nos apresenta um problema sem que tenhamos a capacidade de resolve-lo.
O que estamos vivendo hoje é produto de nossas escolhas, decisões e, portanto, é responsabilidade só nossa. Quando aceitarmos plenamente essa afirmação, teremos condições de discernir com maior clareza os limites das verdadeiras necessidades, nossas e dos outros.
Fonte: extraído do livro “Um Modo de Entender uma Nova Forma de Viver”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed – Boa Nova Editora.
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