Maomé certamente foi um dos homens mais influentes de todos os tempos. Um grande líder que conseguiu trazer unidade e comunhão a um povo hostil e sem esperança.
Os islâmicos não consideram Maomé um Deus, ou filho Dele, mas um grande herói enviado e profeta que é o mais brilhante tradutor da palavra de Alá (Deus).
A cidade de Meca é até hoje o centro de peregrinação que reúne os islâmicos, e foi lá que o Grande Profeta Maomé nasceu em 570 d.C. Lá se encontra a Caaba, um templo de pedra negra construído por Abraão na antiguidade, que muitas pessoas acreditam ser um meteorito. Na época do nascimento de Maomé, Meca era desorganizada e abandonada, inclusive pelos líderes espirituais. Povoada por tribos com ideologias divergentes, a cidade era carente de organização política e social, tanto que as tribos viviam em conflito, não se considerando parte do mesmo povo.
A infância de Maomé foi marcada pelo sofrimento. Perdeu seus pais e depois seu avô ainda muito menino, e então, foi morar com seus tios que lhe ensinaram a profissão de pastor. Cuidando dos rebanhos da família, Maomé desenvolveu uma personalidade compassiva. Era amoroso, calmo, gentil e atento ao sofrimento alheio, compreendendo as dores da alma das outras pessoas. Mais tarde, o jovem tornou-se comerciante e conheceu uma viúva, cerca de quinze anos mais velha do que ele com quem mais tarde viria a se casar.
A sociedade da época vivia dentro de propósitos e ideais divergentes ao modo de vida de Maomé, o que fazia com que o Mestre frequentemente se retirasse ao Monte Hira para a meditação. Numa dessas ocasiões, quando Maomé já estava com cerca de 40 anos, o Arcanjo Gabriel apareceu entregando-lhe um pergaminho. Mesmo sem saber ler, o Profeta conseguiu compreender a mensagem e com a ajuda de sua esposa, iniciou a pregação da palavra de Alá.
Enfrentou grandes dificuldades para implantar a palavra de Alá.
Um dos maiores desafios foi diante dos poderosos da região, que ganhavam muito dinheiro com as peregrinações a Meca, pois a cidade tinha cerca de trezentos santuários. Instituindo uma cultura monoteísta (crença em único só Deus) Maomé afetaria toda a economia local, acabando com a exploração econômica através da fé.
Os princípios do novo Profeta trariam um novo comportamento às pessoas, que teriam de abandonar seus vícios e crenças antigas, atrapalhando o conforto ilusório e a preguiça de quem não está disposto a evoluir espiritualmente.
Maomé insistia na idéia de que todas as pessoas eram iguais perante Alá, isso trazia democracia e liberdade, o que era péssimo para os interesses pessoais dos poderosos.
Com a credibilidade e idoneidade de Maomé, suas palavras foram se espalhando e fortificando, agregando cada vez mais seguidores. Isso acabou por irritar aqueles que detinham o poder, que acabaram por planejar uma maneira de assassinar o Profeta.
Nessa época, Maomé recebeu a visita de nobres da cidade de Yathrib, que ficava bem distante de Meca. Os nobres o convidaram para ir até lá instituir a palavra de Alá, pois seus ensinamentos já haviam chegado a terras distantes e encontrado uma boa resposta do povo. Essa cidade enfrentava crises de todos os aspectos.
Maomé aceitou o desafio e partiu para Yathrib, pois o povo de lá aceitou cumprir os preceitos do Islã. Muitas famílias de Meca partiram juntamente com Maomé, o que definiu o ponto crucial de desenvolvimento da religião islâmica: a Hégira.
A partir de 622 d.C., os islâmicos iniciaram seu calendário.
O profeta conseguiu realizar grandes feitos, unindo as tribos divergentes e implantando valores de justiça social e fraternidade entre todos. A cidade de Yahtrib começou a ser chamada de Medina, sendo a primeira a se tornar inteiramente islâmica.
Quando Maomé faleceu, em 632 d.C., a maior parte da Arábia já havia se tornada islâmica. Foi só após sua morte que o Alcorão começou a ser redigido, até então guardado na memória dos seguidores.
Extraído do livro “Grandes Mestres da Humanidade”, de Patrícia Cândido. Editora Luz da Serra.
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muito enteresante…